terça-feira, 6 de agosto de 2019

A influência inglesa nos países africanos


A influência inglesa nos países africanos

História

O continente africano foi colonizado pela Inglaterra entre o final do século XVII e meados do século XIX. Por ser uma potência econômica no período, com os resultados da Revolução Industrial já consolidados, a Inglaterra liderou a exploração da África, interferindo, inclusive, na questão da escravidão, levantando a bandeira contra o tráfico.

Assim, os ingleses encaminharam o comércio africano para a exportação do ouro, diamantes e tapetes, marcando a dominação inglesa em seu mercado. Desta forma, estabeleceram novas colônias na costa africana. Vários foram os países africanos colonizados pelos ingleses. São eles: África do Sul, Egito, Sudão, Gana, Nigéria, Somália, Serra Leoa, Tanzânia, Uganda, Quênia, Malawi, Zâmbia, Gâmbia, Lesoto, Maurícia, Suazilândia, Seicheles e Zimbábue.

O século XIX foi marcado pela colonização europeia e a Inglaterra foi uma das nações que mais explorou os territórios africanos. Entre 1880 e 1914 todo o continente africano foi dominado pelos europeus. Impulsionados pelo capitalismo, que precisava de matérias primas para a indústria e mão de obra barata passaram a explorar o território e os povos africanos.

A exploração econômica se dava através de companhias comerciais que tinham sede nas metrópoles e ganhavam o direito à exploração do território. Essas relações foram marcadas por violência contra os nativos.

Somente no século XX o processo de descolonização da África acontece. Das colônias inglesas a primeira a conquistar sua independência é a África do Sul, em 1910 e a última o Zimbábue em 1980.

                A África é o terceiro maior continente, o segundo mais populoso e, apesar das imensas riquezas naturais e minerais, o mais pobre.



Economia

Tradicionalmente, as populações africanas são formadas, em sua maioria, por pastores e agricultores. A agropecuária é a atividade econômica que mais absorve mão de obra no continente. Observamos duas formas de plantio na África: a de subsistência e a em forma de plantation. A agricultura de subsistência de baixo rendimento, que serve apenas para a manutenção da família, com um pequeno excedente comercial, varia de acordo com a formação climática. Na zona de clima mediterrâneo, encontramos plantações de uva, legumes, oliveiras, frutas e cereais. Nas zonas tropicais há o cultivo de cereais nativos como o painço e o sorgo, além da criação de gado caprino e ovino. Na zona equatorial observamos uma cultura nômade de tubérculos: mandioca, batata, inhame, plantados em solos pouco férteis e com técnicas rudimentares. O sistema de plantation é gerido por empresas transnacionais e serve principalmente para o abastecimento de mercados externos. Novamente o clima é o principal fator determinante das culturas. No norte mediterrâneo encontramos o cultivo de frutas, videiras, oliveiras, cereais. O clima tropical e equatorial favorece o cultivo de cacau, café, chás, algodão, cana-de-açúcar e banana, além da extração de árvores de madeira nobre, como ébano e mogno.

A principal atividade econômica praticada na África é o extrativismo mineral. Países como Angola, Nigéria, Mauritânia, Líbia, África do Sul, República Democrática do Congo e Zâmbia têm nessa atividade mais da metade de suas exportações. Os principais minérios explorados são: urânio, em Nigéria e Namíbia, cobre, na África do Sul, Zâmbia, Zimbábue e RPC, diamantes, em Lesoto, Botsuana e Serra Leoa, ferro, na Mauritânia e África do Sul, bauxita, no Moçambique, além de petróleo na Líbia e Nigéria. Infelizmente, até nos dias atuais, a exploração de diamantes, em alguns casos, utiliza mão de obra escrava de jovens e crianças, associando-se ao tráfico das pedras e de armas. A grande maioria da renda concentra-se nas mãos de poucas elites africanas e de empresas transnacionais.

                De todos os países africanos, a África do Sul destaca-se com uma economia crescente nos últimos anos.



Educação

O sistema educacional na África varia entre seus países. A região sul concentra o melhor nível educacional, enquanto na região norte nota-se o maior índice de analfabetismo. Mais de 40 milhões de crianças na África subsaariana (situada ao sul do deserto do Saara) não vão à escola. Uma série de problemas abala a rede de ensino. Um desses, em consequência dos problemas econômicos, é que em muitas escolas há falta de água e poucos, ou nenhum, sanitários. Faltam livros didáticos e os professores têm pouco preparo. Além dos problemas econômicos, há um grande índice de evasão escolar por diversos motivos, entre eles, gravidez entre as adolescentes e a AIDS, visto que muitas meninas precisam ficar em casa para cuidar de parentes com a doença.

                Devido a sua economia crescente, a África do Sul destaca-se na educação, seguido o modelo de escola inglesa. Porém, ainda existem muitas diferenças raciais em relação ao acesso à educação e ao nível de escolaridade.



Culinária

Muitos colonizadores passavam pela África devido às rotas marítimas que ligavam o Oriente ao Ocidente. Sendo assim, a comida típica recebeu influência de diversas partes do mundo, e os uniu aos alimentos já inseridos nos costumes do continente. Sua cultura e culinária se tornou uma fonte de ingredientes para diversos países do mundo.

Os próprios africanos enriqueciam cada vez mais a culinária na região. Por exemplo, quando alguns escravos sul-africanos retornavam da Inglaterra, ensinavam para seus conterrâneos o que aprenderam. Assim como os africanos que viviam no Oriente no Período Medieval.

Normalmente, a maioria dos trabalhos relacionados à alimentação na África, são obrigações das mulheres. Desde o plantio e colheita, até às atividades que incluem cozinhar e servir alimentos. Mas em algumas regiões, a mulher fica encarregada dos pratos doces, enquanto o homem prepara a carne. Tradicionalmente, a cozinha na África fica do lado de fora da casa, ou em uma construção separada dos quartos e salas. Os africanos apreciam também alguns pratos exóticos, como o grilo frito.

A culinária africana é temperada com condimentos de aromas fortes e picantes, com os quais se preparam pratos a base de carnes, legumes, verduras, e até insetos. É típico da África o leite de coco, o óleo de palmeira, o inhame e o feijão, etc.

Alguns pratos típicos da culinária africana são:

·         Chakalaka – feijão com legumes;

·         Bobotie – carne moída com frutas secas, cebola e curry;

·         Arroz amarelo – arroz com açafrão canela e manteiga;

·         kitcha fit-fit -  pão local com mateiga temperada e berbere;

·         xalwo – doce à base de maisena, cardamomo e noz moscada servido em ocasiões especiais;

·         couscous – semelhante ao cuscuz brasileiro, feito com semolina, acompanhado de legumes e carnes;

·         uglai, sima ou posho – purê de fubá branco que acompanha diversos pratos;

·         koeksister – bolinho feito com massa de pão, passado em calda e açúcar com raspas de limão  especirias;

·         Malva pudding – bolo com calda de damasco e açúcar mascavo;

·         Melktert – torta de leite, com massa crocante e recheio cremoso;



Cultura

A cultura africana tem uma principal característica: a diversidade. A África é o continente habitado há mais tempo em todo o planeta, é o ponto de origem do ser humano e, durante todo o tempo de evolução agregou uma enorme quantidade de idiomas, com mais de mil línguas diferentes, assim como religiões, regimes políticos, condições de habitação, de atividades econômicas e de cultura.

As manifestações culturais africanas sofreram uma intensa destruição pelos regimes coloniais, o que leva as nações africanas modernas ao embate com o nacionalismo árabe e ao imperialismo europeu.

Religiosidade: Considerados pelos europeus como povos animistas, uma parte dos africanos reverenciam os espíritos das árvores, pedras, dentre outros, e aceitam a coexistência com forças desconhecidas. Cada povo africano tem suas origens mitológicas para explicar suas origens. A forma mais conhecida destas religiões envolve o culto aos Orixás (divindades de origem Ioruba ou Nagô) e englobam uma ampla variedade de crenças e ritos.

Artes plásticas: A produção artística africana representa os antepassados fundadores e apresentam figuras geométricas, humanas e animais. São famosas as cerâmicas de Nok e as máscaras africanas possuem desenhos elaborados e são utilizadas em cerimônias e rituais. Outra produção artística típica africana são as esculturas em marfim.

Também são muito conhecidas as danças e músicas tradicionais africanas, marcadas pelos batuques e movimentos corporais bem acentuados, como o rebolado.



Turismo

Além de safáris e animais selvagens, a África tem paisagem exuberante que podem surpreender qualquer visitante. Confira:

Monte Kilimanjaro, Tanzânia

 Igrejas Escavadas de Lalibela, Etiópia

Falésias de Bandiagara, Mali

Alameda dos Baobás, Madagascar

Quênia: praias paradisíacas

Zimbábue: Victoria Falls

Ilhas Maurício

Parque Nacional de Vulcões, Ruanda

Maputo, Moçambique

Garden Route, África do Sul

Cango Caves, África do Sul

Casa dos Escravos, Dakar, Senegal

E não podemos esquecer as pirâmides e a esfinge no Egito.



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